domingo, 30 de novembro de 2014

Reta final!

Estamos chegando à reta final! Essa semana foi de organização e muitas reuniões! Em nossas reuniões terminamos as  análises e o relatório do projeto de caracterização das placas. Durantes os dias, participamos também de eventos que contribuíram significativamente para o termino do nosso projeto, como o 2º Encontro Regional de Polímeros e o Mundo SENAI, que ofereceu cursos de curta duração sobre Drywall. A Verde Engenharia está no momento decisivo e esperando ansiosamente o dia 4 de dezembro. Esperamos que você que acompanha o nosso blog tenha gostado do nosso conteúdo e agradecemos a todos que nos deram incentivo e apoio.


Preparativos na ultima reunião.

 Até breve!!

domingo, 23 de novembro de 2014

Experimentos fatoriais

Verde Engenharia, para dar maior credibilidade e precisão aos experimentos, irá utilizar um experimento fatorial completo com uma replicação para cada ensaio (flexão e absorção), ou seja, cada ensaio possui dois corpos de prova de cada composição. Os valores dos componentes das combinações foram feitas baseadas em artigos científicos, porém foram ajustadas proporcionalmente às necessidades dos corpos. Replicamos cada corpo de prova para aumentar a precisão nos nossos resultados, e apenas uma réplica, por ser adequada ao tempo/custo.

Um dos principais problemas encontrados na realização dos corpos de prova foram os ruídos, que atrapalharam consideravelmente a precisão dos experimentos e mostraram-se difíceis de serem minimizados nas condições dos laboratórios, que não eram adequados, pela falta de climatização ideal e as impurezas. Um exemplo que podemos citar é o resultado de um dos ensaios realizados, o de Flexão do Gesso, Mucilagem e Água (resultado presente na imagem abaixo), que apresentou força de ruptura de 0.50 KN no CP 1 e 0.34 KN no CP 2, uma diferença considerável nos resultados. O ideal seria fazer mais um CP e eliminar qual dos dois primeiros estaria mais dispersos, porém por conta do tempo e da falta de material, usaremos apenas esses dois. A dispersão do resultado ocorreu por conta dos ruídos.



Será feito um experimento fatorial completo com 20 corridas, sendo que a replicação do experimento, e a randomização já foram feitas no software Minitab. Concluída esta etapa, será analisado o output dos dados e sua possível otimização. Finalizamos os ensaios de flexão e absorção e estamos analisando a possibilidade de fazer o ensaio de isolação sonora nas nossas placas.



Até breve!

Testes de Flexão e absorção

Essa semana, a Verde Engenharia realizou os testes de flexão e absorção nos corpos de prova para placas Drywall. Os testes foram feitos nos laboratórios do Senai Cimatec.

O teste de flexão, realizado no laboratório de ensaios mecânicos, foi feito na máquina EMIC, a uma velocidade de 10 m/min. Precisou-se adotar uma velocidade diferente da indicada da norma ABNT NBR 14715 Chapas de gesso para drywall, porque a máquina disponível na faculdade não possui o tipo de velocidade indicada. 

Máquina EMIC para testes de flexão

Placa após teste realizado

Após cada placa ser ensaiada, guardamos amostras de cada uma para realizarmos a microscopia eletrônica de varredura (MEV) e observar as interações entre matriz e carga. 

O teste de absorção foi realizado no laboratório de transformação de plásticos. Antes de submergir os corpos de prova, é necessário realizar a pesagem da massa dos mesmos. Depois, a próxima etapa foi deixar os corpos de prova por um período de (120± 2) min em água, e pesar suas massas finais após este período. 

Pesagem das placas

Placas submersas
Realizaremos os cálculos de absorção para cada composição de placa e com os dados, realizaremos a análise dos resultados tanto do teste de flexão quanto o de absorção, para obtermos a melhor resposta em relação à formulação e como poderemos otimizá-la. 


Até breve!

domingo, 16 de novembro de 2014

A qualidade na nossa gestão


A Verde Engenharia, como qualquer outra empresa, está sempre preocupada com a qualidade dos seus produtos e serviços, afinal para termos bons resultados é necessário gerir com qualidade e de forma padronizada as atividades dentro de uma empresa de forma que ocorra uma satisfação por parte dos clientes com relação ao que está sendo oferecido pela empresa, ou até a superação de expectativas pela própria empresa. Seguindo a ISO 9001, nos findamos no foco no cliente - nos dependemos da sua satisfação para seguir em frente; na liderança, já que nenhuma empresa consegue se manter erguida no mercado sem um líder que consiga envolver todas as pessoas da organização num único objetivo. Todas as nossas atividades tornam-se um processo, já que estas exigem uma entrada, um processo para seu desenvolvimento e/ou fabricação e uma saída, o produto final.
A melhoria contínua está dentro no processo de fabricação dos produtos da Verde Engenharia. Para chegar numa placa que consiga atender todos os requisitos de melhora exigidos nós procuramos melhorar o processo de fabricação, aumentando o maquinário utilizado, delineando métodos que melhorem o produto final e estando sempre atentos as não conformidades do processo. A não conformidade ocorre quando é gerado um resultado insatisfatório, e isso ocorreu com os nossos corpos de prova (CP's). Notamos que alguns CP's durante o seu tempo inicial de secagem no molde começavam a apresentar rachaduras da ponta até o seu meio, procuramos então identificar o porquê dessas rachaduras que estavam levando a um descarte de material, retrabalho e aumentando os custos com matéria-prima já que tínhamos que refazer os CP's que rachavam. Primeiro observamos as vibrações ao redor do molde: já que os CP's estavam no inicio de secagem, vibrações muito bruscas próximas a eles poderiam estar ocasionando as rachaduras, então mudamos os moldes para um local livre de impactos e vibrações. No entanto, as rachaduras persistiam. Procuramos então observar o próprio molde e notamos que as rachaduras partiam sempre dos pontos soltos que o molde possuía para facilitar a desmoldagem dos CP's. Fixamos, então, esses pontos soltos e obtivemos sucesso cessando as rachaduras nas placas. A partir dai, todos os moldes fabricados tinham de ter todos os seus pontos bem fixados. 


Placas não conformes.


A utilização de EPI's (Equipamentos de Proteção Individual) em empresas é de extrema importância, já que os mesmos protegem os trabalhadores contra os riscos que possam ameaçar sua segurança e saúde. Durante o processo de fabricação dos nossos corpos de prova é exigidos o uso de luvas de látex, borracha nitrílica ou neoprene (dependendo da situação), óculos de proteção transparentes, mascaras do tipo PFF (peça fácil filtrante), jalecos e sapatos fechados (botas ou tênis). Esses equipamentos garantem a proteção no momento de produção dos CP's. 
Outro requisito de extrema importância que deve ser seguido pelas empresas é a utilização do 5S que tem a função de cuidar da base da empresa, facilitando a prática e aplicação dos conceitos e ferramentas para atingir a qualidade: cuidar do ambiente, equipamentos, materiais, métodos, medidas e pessoas. Como a  Verde Engenharia desenvolve a produção das suas placas em laboratório e este é utilizado também por outras pessoas, é de total responsabilidade do nosso pessoal, após uso do laboratório, a limpeza do mesmo para manter o ambiente agradável e possível para ser utilizados por outras pessoas e por nós mesmos novamente. O cuidado com os equipamentos utilizados devem ser grande, já que um equipamento danificado atrasa o trabalho e aumentar o custo ou com a reposição do equipamento ou com a manutenção do mesmo. Manter as matérias-primas, utensílios e equipamentos juntos e guardados num único lugar facilitam no momento de procura para fabricação de novos corpos de prova. A etiquetagem dos materiais também é importante, destacando a atenção e o cuidado que as outras pessoas também devem ter, mesmo sendo com materiais que não sejam de sua posse. 



5 passos do 5S realizados no nosso ambiente de armazenagem.


Esta semana realizaremos os testes de absorção e flexão nas nossas placas 

                                                    Ate breve!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O uso da mucilagem de cacto como aditivo

O gesso hemidrato β, utilizado para construções, possui um tempo de pega muito rápido, sendo necessária a incorporação de aditivos para estender esse tampo e garantir uma boa trabalhabilidade. Os aditivos permitem acrescentar ou modificar alguma propriedade ao material, e em sua maioria, são sintéticos e caros, o que termina acarretando em um aumento no preço final do produto. Em vista disso, a Verde Engenharia optou pelo uso da Mucilagem de Cacto como aditivo hidrofugante, pois permite uma redução da taxa de absorção de água, além de reduzir o consumo de água na pasta e atribuir resistência à flexão nos corpos de prova.

A mucilagem de cacto é um gel encontrado abaixo da superfície externa do cacto e contém polissacarídeos de pentoses, hexoses e açúcares livres, e a sua adição aos materiais pode ser feita de duas maneiras: em gel ou em pó. Optamos por utilizar a mucilagem em gel e a sua adição à pasta permitiu o aumento da trabalhabilidade das pasta de gesso.Para extração da mucilagem em gel, foram coletados cladódios do cacto Opuntia fícus-indica, retirando seus espinhos e os cortando em pequenos pedaços e colocados em recipiente com água, na proporção de 1:3, cacto:água, permanecendo em repouso, em temperatura ambiente, por 2 dias . Após o processo, a mucilagem foi coada em peneira de malha de 12 mm para posterior utilização. As pastas de gesso com mucilagem, em forma de gel, foram preparadas com duas diferentes proporções, 50% e 100% de substituição da água de amassamento.


Passo a passo para a produção da Muclagem de Cscto Opuntia fícus-indica
















Até breve! 


sábado, 1 de novembro de 2014

Produção de placas de gesso: Método












A partir da definição das matérias-primas e elaboração do planejamento dos experimentos, a Verde Engenharia começou a produção das placas de gesso, primeiramente puro, para os testes a serem realizados posteriormente. Utilizamos moldes de madeira envernizados, terceirizados da empresa César&Sanches LTDA. Os moldes possuem dimensões internas de (300x400x10) cm, de acordo com os tamanhos padronizados e permitidos pelos limites de tolerância da norma ABNT NBR 14715 Chapas de gesso para drywall. 

Molde de madeira envernizado (300x400x10) cm, com fundo plástico.




Para a determinação dos testes de resistência à ruptura na flexão, absorção de água, dureza superficial e densidade superficial de massa, utilizaremos 4 corpos de prova, feitos sob replicação e que serão submetidos aos ensaios de forma randomizada.

Para a preparação do pasta de gesso para produzir as placas, utilizamos os seguintes materiais:
  • 4 kg de gesso de Fundição;
  • 2,4 L de água destilada;
  • Bacia plástica,
  • Batedeira e 
  • Espátulas plásticas.
A proporção de gesso/água utilizada foi de 60% da massa de gesso, uma vez que com relações menores que está, não existe possibilidade de trabalhabilidade do gesso sem adição de aditivos retardadores de pega. Todo o processo de preparação da pasta e produção das placas foi documentado no vídeo abaixo.


Os próximos passos serão a produção da mucilagem de cacto para uso como aditivo e confecção das placas compósitas.


Até breve!

Planejamento dos experimentos

Para ter sucesso, precisa-se aprender a aprender e esta é a chave para a geração de ideias, melhoria contínua de processos e desenvolvimento de novos produtos. Uma ideia inicial conduz a um processo de dedução de certas consequências necessárias que podem ser comparadas com dados. Com o interesse em saber quais variáveis são determinantes para obtermos sucesso, assim como limites inferior e superior de valores destas variáveis, como fator de água/gesso, mucilagem, teor de fibra e quantidade de isopor, estamos interessados em determinar valores adequados para estas variáveis de forma a manter nosso processo de acordo com as necessidades do cliente. Para estudarmos o comportamento das variáveis que influenciam em nossa pesquisa, realizaremos experimento e para tal, determinamos os níveis para as nossas variáveis de interesse e executaremos experimentos em combinações dos níveis destas variáveis.
O planejamento experimental é uma destas técnicas, que atualmente vem sendo usadas em grande escala e através dele, pesquisadores determinam as variáveis que exercem maior influência no desempenho de um determinado processo através da análise dos dados. Os três princípios básicos para um bom planejamento de experimentos são randomização, replicação e blocagem. A randomização, ou aleatorização dos experimentos é necessária uma vez que evita que resultados tendenciosos infiltrem-se nos nossos dados e garante a premissa da eliminação dos erros experimentais. Já a replicação, que é a replicação do experimento básico, é fundamental para determinação da significância estatística e a blocagem, faz com que ocorra uma melhoria nas estimativas dos fatores de interesse uma vez que reduz ou elimina os fatores inconvenientes. Assim, randomizaremos as nossas amostras para realização dos testes, replicaremos todas as nossas produções de placas (2x2) e consideraremos as nossas produções por blocos, uma vez que teremos dois colaboradores para a produção das placas. 

Até breve!