A equipe Verde Engenharia, além de realizar os ensaios mecânicos nas estruturas de Polietileno de alta densidade (PEAD) e Policloreto de vinila (PVC), realizou também análises térmicas para certificar-se de que os materiais escolhidos para a construção do biodigestor resistiriam às condições de temperatura. Foram realizados testes de Análise Termogravimétrica (TGA) e Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC). A termogravimetria foi realizada no laboratório da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a calorimetria foi feita no laboratório da Faculdade de Tecnologia Senai Cimatec. A análise abordada será a termogravimétrica.
A
análise termogravimétrica é uma técnica da análise térmica na qual a
variação da massa da amostra (perda ou ganho) é determinada em função da
temperatura e/ou tempo, enquanto a amostra é submetida a uma programação
controlada de temperatura. Esta técnica possibilita conhecer as alterações que
o aquecimento pode provocar na massa das sustâncias, permitindo estabelecer a
faixa de temperatura em que elas adquirem composição química, fixa, definida e
constante, a temperatura em que começam a se decompor, acompanhar o andamento
de reações de desidratação, oxidação, combustão, decomposição, etc. Um aparelho
de TGA apresenta como peças principais: uma balança de precisão, cadinhos
feitos de material inerte, forno, termopares e um sistema de passagem de gás
(comumente chamado de purga). As amostras (PVC e PE) foram inseridas em um
cadinho e levadas ao forno em um suporte ligado à balança.
O
experimento para se avaliar as variações de massa de um dado material em função
da temperatura são executados mediante a termobalança (associação
forno-balança), que deve permitir o trabalho sob as mais variadas condições
experimentais (diferentes atmosferas gasosas e massa de amostra, variadas
razões de aquecimento e/ou condições isotérmicas em temperaturas específicas,
etc).
As curvas geradas fornecem informações quanto
à estabilidade térmica da amostra, à composição e à estabilidade dos compostos
intermediários e do produto final. Obviamente que , durante os processos
térmicos, a amostra deve liberar um produto volátil devido a processos físicos
ou químicos, tais como desidratação, vaporização, dessorção, oxidação, redução
etc; ou deve interagir com o gás da atmosfera atuante no interior do forno
resultando em processos que envolve ganho de massa, tais como: absorção,
oxidação de ligas ou metais e óleos,etc.
As
análises termogravimétricas do PVC foram realizadas na faixa de temperatura de
22.05 ºC até 997.9 ºC e a dos PEAD, na faixa de 25,53 ºC até 997.6 ºC. Foram,
portanto, realizados ensaios dinâmicos, que utilizaram aproximadamente 5,6 mg
de massa de PEAD e 5,58 mg de PVC.
Figura 1. Curva do TGA do PEAD |
Figura 2. Curva do TGA do PVC |
No PVC pode observar que aproximadamente na temperatura de 1000 ºC a massa percentual de PVC é de apenas 7% dos 5,58 mg e no PEAD a essa mesma temperatura aproximada sua massa está negativa, entendendo-se uma perda total de massa que era de 5,6 mg.
Como o nosso biodigestor será móvel, podendo estar sendo bastante exposto ao sol, acredita-se que a temperatura máxima será de 100 ºC, podendo-se dizer que com essa temperatura a massa do PE e PVC não irá alterar consideravelmente de forma isso possa causar um problema para o projeto.
Até breve!
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