sábado, 25 de outubro de 2014

Definição do uso do isopor como carga

A Verde Engenharia confeccionou corpos de prova com cargas de isopor e com cargas de cortiça, para saber qual material seria selecionado para atribuir leveza à nossa placa. Seguindo a norma citada e o procedimento da semana passada, foi utilizada a proporção de 60% para água e gesso e 15 g de gesso e isopor. Após o tempo de cura, os corpos de prova foram desmoldados e pesados e observou-se que a carga de isopor atribuiu maior leveza (aproximadamente 45% de redução de peso) em comparação ao gesso puro, como pode ser visto na tabela. Sendo assim, optou-se pela utilização de isopor.

Corpo de prova Gesso/Cortiça
Confecção corpo de prova Gesso/Isopor

                                               Tabela 1. Peso dos corpos de prova
Composições
Peso
Gesso + água
460,8g
Gesso + Cortiça
400,6g
Gesso + Isopor
204,0g


Com a definição dos materiais a serem utilizados na composição das placas, os engenheiros de Materiais da Verde Engenharia elaboraram o planejamento e as formulações dos corpos de prova a serem testados e os níveis de cargas a serem utilizados. A partir de agora, a NBR 14715 Chapas de Gesso para Drywall normatizará os nossos experimentos e testes. 

Até breve!

sábado, 18 de outubro de 2014

Corpos de prova para testes com gesso puro


A Verde Engenharia iniciou essa semana a confecção dos corpos de prova para a realização dos testes das propriedades mecânica do gesso puro, sem a adição das cargas. Seguimos as norma ABNT NBR 12129:1991 Gesso para construção – Determinação das propriedades mecânicas e a ABNT NBR 12775 Placas lisas de gesso para forro – Determinação das dimensões e propriedades físicas. Os moldes usados pela nossa empresa foram concedidos pela parceira Drasf Gesso, especialista em gesso, que também é normatizada, e que nos ofereceu um workshop sobre preparação e conformação das pastas de gesso, com os técnicos Francisco Pereira e Saulo Mota.  Os moldes feitos de madeira recebem uma fina camada de verniz específico para evitar o desgaste  em contato com a água e são formados por 3 compartimentos que permitem a moldagem simultânea dos três corpos de prova de 50,0 mm de aresta  e três moldes retangulares com dimensões de 160,0 x 40,0 x 40,0 mm. Todo o procedimento de preparação da pasta de gesso e confecção dos corpos de prova foi realizado no laboratório de Transformação de Plásticos do Senai CIMATEC. 


Molde com 3 cubos de 50,0 mm de aresta
Molde retangular 160,0 x 40,0 x 40, mm





Fizemos corpos de prova com a relação de 60 % e 75% de massa de gesso/água por dois motivos: Mesmo sabendo que o ideal seria apenas 25% de água para ótimas condições de propriedades do gesso, sabe-se que a trabalhabilidade do gesso seria drasticamente reduzida, ocasionando perda de muito material e também porque com a incorporação das cargas e aditivos, iremos analisar com uma quantidade menor de água e fazer o comparativo das propriedades. Seguimos o passo-a-passo descritivo da norma e utilizamos uma batedeira como auxílio para homogeneizar ainda mais a nossa mistura, visto que o nossa pasta inicialmente apresentou um tempo de início de pega muito rápido para a proporção de 60% de massa de gesso/água, e tivemos problemas para os primeiros corpos de prova feitos.O processo exige bastante rapidez e agilidade para evitar perda de massa e também é necessário muito cuidado no momento de desmoldar os corpos. 


    
Preparação da pasta de gesso e água com
 o auxílio da batedeira. 
Pasta moldada
Corpos não conformes
Corpos de prova cúbicos desmoldados


Agora, partiremos para a realização dos testes de compressão, resistência, flexão, umidade e granulometria e análise microscópica do gesso e da cortiça.  
Até breve! 

sábado, 11 de outubro de 2014

Implementação de aditivo

Verde Engenharia, empenhada em desenvolver um produto tecnologicamente inovador, viu o gesso de fundição como um material apropriado para utilização como matriz da placa compósita. Sua crescente utilização no mercado da construção civil e a série de vantagens e aplicabilidade intensificou nossa decisão. Sendo assim, para alcançar um dos objetivos requeridos no projeto, como a melhoria de algumas propriedades, além do uso de agente de reforço, a equipe constatou que este aglomerante aéreo possui tempo de pega rápido, optando na utilização de aditivos em suas composições.
A necessária incorporação de aditivos que permitem estender o tempo de pega e acrescentar algumas propriedades nos levou a pesquisar e analisar os inúmeros tipos de aditivos existentes. E diante do pensamento sustentável acreditamos no uso de aditivos naturais que possibilitem reduzir o consumo de água da pasta de gesso e realcem as propriedades mecânicas. Os próximos passos serão o aperfeiçoamento das placas. Estamos preparando o cronograma de procedimentos experimentais para que na próxima semana possamos começar os experimentos que serão realizados nos laboratórios do SENAI CIMATEC.

Até breve!
          


sábado, 4 de outubro de 2014

Matérias-primas: motivo, obtenção e processo.

A Verde Engenharia, atualizada com as novas tendências do segmento construção civil no âmbito de desenvolver divisórias inovadoras e sustentáveis obedecendo aos critérios desejados pelo cliente e seguindo os padrões da NBR, pesquisou a multiplicidade de produtos existentes, com o objetivo de encontrar novas alternativas e usar matérias que causem menor impacto ambiental. Pensando nisso, apostamos no desenvolvimento de placas compósitas utilizando como matriz o gesso mineral, material de baixo custo, incombustível, 100% reciclável, isolante térmico, regulador de higrometria e de fácil montagem. Optando em analisar as melhores composições como agente de reforço para produzir as placas, usando os seguintes materiais:

Fibras lignocelulósicas – a fibra natural escolhida foi o sisal, uma fibra leve, atóxica, que apresenta alto módulo e resistência específica, custo baixo, melhoria no desempenho mecânico e térmico.
Grânulos de cortiça - isolante vibrático, isolante acústico, isolante térmico, 100% reciclável.
Poliestireno expandido (isopor) – leve, baixa condutibilidade térmica, resistência mecânica, baixa absorção de água, resistência mecânica elevada, resistente ao envelhecimento, fácil manuseio. 

Perante estas escolhas, para iniciar as primeiras análises, a equipe durante a semana buscou avaliar a quantidade de materiais necessários para o procedimento, criou um plano financeiro, efetuou pesquisa de preços e condições de compra nas lojas localizadas em Salvador e Região Metropolitana. Após definição do custo benefício, comprou às matérias-primas gesso, rolha de cortiça e isopor. 

       Essa semana, a Verde Engenharia firmou parceria com o SENAI-BA para uso dos laboratórios e fornecimento de matérias-primas, contribuindo de forma decisiva para o Projeto. E diante desse incentivo, a equipe realizou visita exploratória nos laboratórios do SENAI – Dendezeiros e SENAI – CIMATEC, conversou com especialistas da área cerâmica, avaliou as condições de alguns equipamentos e instrumentos de ensaios e tratou de averiguar o melhor local para armazenamento dos materiais. 

           Além disso, começamos as primeiras etapas de preparo para os testes.

1. Moer as fibra de sisal no moinho de baixa rotação da Mecanofar MF 16.
2. Cortar as rolhas de cortiça com estilete profissional 18mm com lâmina e depois triturar no liquidificador Mondial power 2i 350w.
3. Pesar os materiais: isopor, grânulos de cortiça e fibra de sisal moída.


Corte e preparação dos grânulos de cortiça.
Trituração da fibra

 












       

Pesagem do poliestireno expandido. 
    
           Os próximos passos serão realizar os testes preliminares, confeccionar os corpos de prova e realizar os ensaios definindo qual dos agentes de reforço iremos produzir as placas.

Até breve!